sábado, 25 de julho de 2009

Saulo de Tarso


Em grego Paulos, derivado do latim "Paulus", que quer dizer pequeno. Nome do grande apóstolo dos gentios. O nome judaico anterior era Saulo; no hebreu, Shaul, no grego, Saulos; assim denominado nos Atos dos Apóstolos, mesmo até depois da conversão de Sérgio Paulo, procônsul de Chipre, At 13. 9. Daqui em diante, só tem o nome de Paulo, que ele a si mesmo dá em todas as suas cartas. Não é de estranhar que alguns pensem que tomou este nome do procônsul Sérgio. Isto, porém, não é de modo algum aceitável, tendo em vista o modo gentil pelo qual Lucas o apresenta, dando-lhe o nome gentílico de Paulo, quando começou a sua obra de apóstolo das gentes.

É mais provável que, acompanhando o costume de muitos judeus, At 1. 23; 1Z. 12; C1 4. 11, e principalmente os judeus da dispersão, o apóstolo usasse de ambos os nomes. Havia nascido em Tarso, cidade principal da Cilícia, At 9. 11; 21. 39; 22. 3, e pertencia à tribo, de Benjamim, Fp 3. 5. Não se sabe como é que a sua família foi residir em Tarso. Uma antiga tradição afirma que ele havia sido levado de Giscala em Galiléia, pelos romanos, depois que tomaram este último lugar. É possível, pois, que a família de Saulo em tempos anteriores, tivesse fixado residência em Tarso, em alguma das colônias que os reis da Síria estabeleceram ali (Ramsay, St. Paul the Traveler, p. 31) ou que tivesse imigrado voluntariamente, como faziam muitos judeus por motivos de ordem comercial.

Parece que Paulo tinha relações familiares de alto valor e de grande influência. Em Rm 16, 7, 11, manda sondar a três pessoas seus parentes, das quais Andrônico e Júnias, que se haviam assinalado entre os apóstolos e que foram cristãos primeiro que ele. Pela leitura de At 23, 16 sabe-se que "um filho de sua irmã", que provavelmente morava em Jerusalém com sua mãe, deu informações ao tribuno sobre a conspiração tramada contra a vida de Paulo. Dá isto a entender que este moço pertencia a alguma das famílias importantes da cidade, o que parece confirmado pelo fato de Paulo haver presidido à morte de Estêvão. É provável que já fosse membro do concílio, At 26. 10, pois que não tardou a receber comissão do sumo sacerdote para perseguir os cristãos, 9. 1, 2; 22. 5. Os seus dizeres na epístola aos filipenses 3. 4-7, autorizam-nos a crer que ocupava posição de grande influência que lhe dava margem para conseguir lucros e grandes honras.


Tarso era centro intelectual do oriente onde existia uma escola famosa e onde dominava a filosofia estóica. É possível que Paulo crescesse ali sob estas influências. Seus pais, sendo como eram, fiéis à lei mosaica, o mandaram logo para Jerusalém para ser educado lá. A semelhança de outros rapazes da mesma raça, tinha de aprender um ofício, que no seu caso, foi o de fazedor de tendas, das que se usavam nas viagens, 18. 3. Como ele mesmo diz, 22. 3, foi educado em Jerusalém, para onde o mandaram, quando muito jovem. A educação consistia principalmente em fixar nele as tradições farisaica. "Foi instruído conforme a verdade da lei de seus pais"


Por este modo, as suas qualidades pessoais, o seu preparo intelectual, e, talvez ainda, as relações de família, preparavam-lhe posição de destaque na sociedade judaica. Aparece no cenário da história cristã, como presidente da execução de Estêvão o protomártir do Cristianismo, a cujos pés as testemunhas depuseram suas vestimentas At 7. 58, quando ainda moço. A sua posição neste caso, não queria dizer que estivesse investido de funções oficiais. De acordo com os dizeres da passagem referida acima, ele apenas era consentidor na morte de Estevão. Contudo, vê-se claramente que perseguia com ardor os primeiros cristãos. Sem dúvida entrava em o número daqueles helenistas, ou judeus que falavam o grego, mencionados nos Atos dos Apóstolos 6, 9, que promoveram a acusação contra Estêvão. Não erramos dizendo que o ódio de Paulo contra a nova seita já estava aceso; não só desprezava o crucificado Messias, como considerava os seus discípulos um elemento perigoso, tanto para a religião como para o Estado.

Não é para admirar, pois, que fosse tão feroz o seu ódio a ponto de promover-lhes o extermínio pela morte. Logo após o martírio de Estêvão, tomou parte ativa, dirigindo o movimento de perseguição contra os cristãos. Fazia tudo isto guiado por uma consciência mal informada. Era o tipo do inquisidor religioso.

Nota importante a observar segundo o testemunho expresso de Lucas é do próprio Paulo, é que respirava ameaças de morte contra os discípulos de Jesus até ao momento da sua conversão, crendo que assim fazendo prestava grande serviço a Deus. Não tinha dúvida alguma quanto à justiça da sua empresa, nem sentia desfalecimento de coração para executá-la. Foi no caminho de Damasco que se deu a repentina conversão.


Paulo e seus companheiros provavelmente iam a cavalo, como era costume nas viagens pelos caminhos desertos da Galiléia para a antiga cidade. Estavam perto da cidade Era meio-dia, o sol ardente estava no seu zênite, At 26. 13. Repentinamente uma luz vinda do céu, mais brilhante que a luz do sol caiu sobre eles, derrubando-os, 14. Todos se ergueram, continuando Paulo prostrado por terra, 9. 7. Ouviu-se então uma voz que dizia em língua hebraica: "Saulo, Saulo, porque me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra o aguilhão", 26. 14. Respondeu ele então: "Quem és tu Senhor?" Ele respondeu: "Eu sou Jesus a quem tu persegues, 15. Levanta-te e vai à cidade e aí se te dirá o que te convém fazer", 9. 6 - 22. 10. Os companheiros que o seguiam ouviam a voz sem nada ver, 9. 7, nem entender, 22. 9. Paulo sentiu-se cego pelo intenso clarão da luz, e foi conduzido pela mão dos companheiros. Entrou em Damasco, hospedando-se na casa de Judas, 9. 11, onde permaneceu três dias sem vista e sem comer, nem beber, orando, 9, 11, e meditando sobre a revelação que Deus lhe fizera.


Ao terceiro dia, o Senhor mandou a certo judeu convertido, chamado Ananias, que fosse ter com Paulo e impor-lhe as mãos para recobrar a vista. O Senhor garantiu a Ananias, o qual tinha receio de encontrar-se com o grande perseguidor, que este, quando em oração, já o tinha visto aproximar-se dele. Portanto, Ananias obedeceu. Paulo confessou a sua fé em Jesus, recobrou a vista, e recebeu o batismo; e daqui em diante, com a energia que o caracterizava, e com grande espanto dos judeus, começou a pregar nas sinagogas que Jesus era o Cristo, Filho de Deus vivo, 910-22. Tal é a narrativa da conversão de Saulo de Tarso.

Há três narrativas deste fato nos Atos; uma feita por Lucas 9. 3-22 outra pelo próprio Paulo, diante dos judeus, 22. 1-16 e outra pelo mesmo Paulo, diante de Festo e Agripa, 26. 1-20. As três narrativas combinam-se entre si posto que todos os incidentes se achem em cada uma delas. Em todo caso, cada uma foi escrita com referência ao fim que o narrador tinha em vista. Em suas epístolas, o apóstolo alude freqüentemente à sua conversão, atribuindo-a à graça e poder de Deus, ainda que a não descreve em minúcias, 1 Co 9. 1-16, 15. 8-10 G1 1. 12-16, Ef 3. 1-8, Fp 3. 5-7, 1 Tm 1. 12-16, 2 Tm 1. 9-11. Este fato, pois, é atestado pelo testemunho mais forte possível. É certo também que Jesus, não somente falou a Paulo, mas também lhe apareceu, At 9.17, 27; 22. 14; 26. 16; 1 Co 9. 1. Não se diz de que forma; com certeza foi de modo tão glorioso, que o apóstolo conheceu logo que era o Jesus crucificado, o Cristo, Filho do Deus Vivo, que lhe falava; e ele chama a isto, "visão celestial" At 26. 19, ou um espetáculo, palavra esta empregada em Lc 1. 22, 24. 23 para descrever o aparecimento de entes celestiais. Não há lugar para dizer-se que seja ilusão de qualquer espécie. Contudo, o aparecimento de Cristo não foi a causa da conversão de Saulo, e sim a obra do Espírito Santo no coração, habilitando-o a receber e aceitar a verdade que lhe havia sido revelada, G1 1. 15. Foi o mesmo Espírito que convenceu a Ananias e que o levou a impor as mãos e a unir à igreja nascente o novo convertido.

Vários racionalistas pretendem explicar a conversão de Paulo, sem tomar em conta a intervenção sobrenatural, mas essas opiniões são destruídas pelo testemunho do mesmo Paulo; afirmando a sua atitude de perseguidor, obedecia a motivos de consciência e que a sua mudança era devida ao soberano exercício do poder de Deus e à sua graça infinita. A frase "Dura coisa é recalcitrares contra o aguilhão", não quer dizer que ele agia contra a sua vontade, ou que já reconhecia a verdade do Cristianismo, quer dizer antes que era insensatez resistir aos propósitos divinos. A sua vida anterior deve ser reconhecida como um período de iniciação inconsciente para a sua missão futura. (Do Dicionário Bíblico, de John Davis)


Fonte: http://www.gesp.org.br/biografias/biopaulo_tarso.htm




terça-feira, 7 de julho de 2009

Estava assistindo à Missa na Canção Nova um dia desses e na liturgia foi lida esta passagem:

abraao_isaque
Abraão e seu filho, Isaac

Depois desses acontecimentos, Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”.
E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá e oferece-o ali em holocausto sobre o monte que eu te indicar”.
Abraão levantou-se bem cedo, selou o jumento, tomou consigo dois criados e o seu filho Isaac. Depois de ter rachado lenha para o holocausto, pôs-se a caminho para o lugar que Deus lhe havia ordenado.
No terceiro dia, Abraão levantou os olhos e viu de longe o lugar. Disse então aos criados: “Esperai aqui com o jumento, enquanto eu e o menino vamos até lá. Depois de adorarmos a Deus, voltaremos a vós”.
Abraão tomou a lenha para o holocausto e a pôs às costas do seu filho Isaac, enquanto ele levava o fogo e a faca. Os dois continuaram caminhando juntos.
Isaac falou para seu pai Abraão e disse: “Pai!” — “O que queres, meu filho?” respondeu ele. O menino disse: “Temos o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?”
Abraão respondeu: “Deus providenciará o cordeiro para o holocausto, meu filho”. Os dois continuaram caminhando juntos.
Quando chegaram ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu ali o altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha do altar.
Depois estendeu a mão e tomou a faca a fim de matar o filho para o sacrifício.
Mas o anjo do SENHOR gritou-lhe do céu: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!”
E o anjo disse: “Não estendas a mão contra o menino e não lhe faças mal algum. Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu único filho”.
Abraão ergueu os olhos e viu um carneiro preso pelos chifres num espinheiro. Pegou o carneiro e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho.
Abraão passou a chamar aquele lugar “O SENHOR providenciará”. Hoje se diz: “No monte em que o SENHOR aparece”.
O anjo do SENHOR chamou Abraão pela segunda vez, do céu e lhe falou:
“Juro por mim mesmo — oráculo do SENHOR — já que agiste deste modo e não me recusaste teu único filho, eu te abençoarei e tornarei tua descendência tão numerosa como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos.
Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”

Gn 22, 1-18


Tão simples a mensagem passada: obediência a Deus. Simples, porém difícil de seguir! Precisamos confiar mais e entregar de fato nossas vidas nas mãos de Deus, porque Ele sabe o que faz.

Não vou alongar mais o comentário sobre a Passagem, pois esta, por si só, já diz muito.

Deus abençoe a todos!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eu estou aqui!


Estou aqui pra ser amado e te amar
Te olhar nos olhos e deixar-me apaixonar
Diante de Ti pra me render ao Teu amor
E confessar minhas fraquezas; sou pecador
Também estou aqui pra pedir perdão
Pelas almas que ainda não buscam Teu coração

Te amar por quem não Te ama
Te adorar por quem não Te adora
Esperar por quem não espera em Ti
Pelos que não crêem

Eu estou aqui!!!

Anjos de Resgate - Estou aqui



Esta música inspirou o nome do Blog e também me inspirou a criá-lo!
o, servir a Deus como se fosse o último dia de sua vida, crer e confiar em Deus incondicionalmente são os princípios que Ele espera de nós, porque Ele sabe de todas as coisas!

Aqui está o link do vídeo contendo esta música:



Deus abençoe a todos!